Alguém disse por aí que depois de uma tempestade, logo vem uma calmaria. Minha tempestade trovejou ontem, forte, intensa, louca. Maremoto em mim, terremoto em mim. Com os sentimentos atrapalhados, só queria deitar e dormir e não lembrar, pensar ou sentir. Virei o vidro de Rivotril pra anestesiar a dor e a tristeza. Apaguei. Foi bom. Acordei deixando pra trás o que mendigo. Amor… Tô sempre atrás, sempre implorando, sempre querendo.
Mas a música. Ah, a música salva. Ela nos resgata. É sempre a arte quem nos resgata da loucura. E hoje meu dia foi dedicado a relembrar os sons que me transformaram no que sou. Faremos um show tributo ao Chico Buarque e parei pra ouvi-lo e pra me encontrar em sua poesia eterna. Punhal no peito, arrepios, dor no coração, lágrimas de emoção de ser sensível a cada palavra que esse cara escreveu.
Então ligo a vitrola e despejo aqui minhas sensações, delícias, lágrimas e emoções. Ligo a vitrola e canto com Chico e penso em quanto me traduz…
Pretendo descobrir, num último momento, um tempo que refaz o que desfez, que recolhe todo o sentimento, e bota no corpo uma outra vez. Pretendo te querer até o amor cair doente, doente. Prefiro então partir a tempo de poder a gente se desvencilhar da gente. Depois de te perder, te encontro com certeza, talvez num tempo da delicadeza, onde não diremos nada, nada aconteceu, apenas seguirei como encantada ao lado teu.
Para A.
9 fevereiro, 2011 at 8:52 AM
sei que A. não sou eu, mas posso fingir só por um momento? hehehe. também sou fã de chico buarque, desde sempre, nas letras dele eu me encontro.
e quanto ao texto, somos muito parecidas, também me sinto implorando amor, implorando amor as pessoas erradas talvez, desperdício de amor.
beijos
9 fevereiro, 2011 at 1:34 PM
Rá rá.
A. pode ser você sim, baby.
Chico acaba com a gente…
Beijo pra você, que mendiga amor como eu.